quinta-feira, 20 de maio de 2010

O RITMO DO SANGUE


Estes dois, são: o Pequenito, meu rafeiro e amigo, e o Doshi, cachorrinho de Fila de São Miguel e também meu recente amigo. São ambos, vê-se pelos nomes, do sexo masculino. Estão a brincar. Tocam-se, mordem-se. São as "amorosas crueldades", disse um poeta. Mais simples: vivem a vida que lhes tocou ao ritmo do sangue, do desejo, das fomes básicas, da saciedade quando calha, e dos afectos imensos.

Estão para lá, muito para lá, das razões do Vaticano, das pseudo-razões do Professor Cavaco ou das sem razões da pernóstica, da supinamente ridícula Madame Isilda Pegado, chefa e castradora-mor da "muy cristiana" Plataforma Cidadã e Casamento. Aprende-se tarde, a vida é curta demais para sermões idiotas. Os três tristes chatos acima referidos se calhar não vão ter tempo para aprender as coisas mais simples.

Os cães brincam até morrer. E os gatos. Fernando Pessoa: "gato que brincas na rua / como se fosse na cama". Bom era que as pessoas conseguissem brincar até ao fim.

Sexos. Para os que mal sabem contar há dois. Para "os limpos de coração", há três, há dezasseis, há tantos quantos o falar e os gestos queiram.

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